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20 anos do MD: muitas histórias de oportunidade, dedicação, experiência e integração

Publicado em: 10/06/2019 15:06 | Atualizado em: 10/06/2019 15:06
Tereza Sobreira/MD

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Desde 10 de junho de 1999, a interoperabilidade tem sido palavra que rege o trabalho de proteção, de garantia da soberania, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem e do patrimônio nacional. Uma das características que difere o Ministério da Defesa dos demais órgãos da administração pública federal é o serviço dual, em que civis e militares dividem funções dentro da estrutura organizacional.

E é nesse ambiente misto e conjunto, que o intuito é dar continuidade ao ofício de preservar e cuidar da Nação, proteger nossas riquezas, ser o braço forte e a mão amiga do povo brasileiro e as asas que protegem o Brasil. Em comemoração aos 20 anos do Ministério da Defesa, conheça alguns personagens que fazem parte e representam essa história.

Lugar de oportunidades

Cedida do Ministério da Educação, Nilsa de Azevedo veio para a Defesa em 2001, com o órgão ainda recém-criado, para continuar o serviço com normas e arquivos. O que apenas parecia um novo ambiente de trabalho, se tornou um lugar de oportunidades pela capacidade que se demonstrava. Em 2003, ela se tornou a chefe do Protocolo-Geral e Arquivo e foi nomeada para representar o MD como presidente da subcomissão do Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo, serviço ligado a Comissão de coordenação da Administração Pública Federal. Anos depois, conseguiu concluir o curso de Arquivologia na Universidade de Brasília (UnB).

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“Trabalho com a Marinha, Exército e Aeronáutica na parte de documentação. E é até engraçado que, no início, cada um tinha uma forma de fazer as coisas. Aos poucos, fomos tentando com que os trabalhos fossem parecidos. Hoje, temos algo unificado, conseguimos organizar as normas e as Forças Armadas conversam a mesma língua”, destacou.

Nilza que vivenciou diversas situações, nos 18 anos que trabalha na Defesa, diz que umas das principais características da relação profissional com militares é o ambiente correto e dentro da lei. ‘É muito bom trabalhar com gente que não tenta burlar as normas, assim fica tranquilo e chegamos em um modelo bom, onde somos até consultados por outros ministérios”, complementou.

Segunda casa

José do Nascimento, 67 anos, chegou aos 19 para trabalhar como auxiliar de copa e cozinha no EMFA, em 1973. Lavou panelas e azulejos, fez curso de garçom e serviu refeições até de madrugada. Ao longo dos anos, a dedicação e o compromisso nos setores em que passava foram observados, e o levaram para a área administrativa do órgão. Logo, quando o Ministério da Defesa foi criado, ocorreu um concurso interno no EMFA para que os funcionários pudessem virar servidores. José foi um dos primeiros a chegar.

“Para mim, desde o dia que pisei aqui, há 48 anos, virou minha segunda casa. Os melhores momentos da minha vida foram nesse lugar, só tenho coisas boas na memória. Tenho amigos por todos os lados. Já está na hora de me aposentar, mas ao mesmo tempo penso que não vou dar conta de ficar longe de tudo isso”, contou José emocionado.

Atualmente, José trabalha no Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação (DETIC).

Dona Antônia

Para chegar ao Ministério da Defesa, a rotina de Antônia Venâncio inicia às 4h30 na região de Ceilândia, em Brasília. Aos 72 anos, são dois ônibus até o Bloco Q da Esplanada, em que desce por volta das 6h30. O destino final é a copa do sétimo andar. Por onde passa, Antônia recebe carinho de todos que lá trabalham, há 23 anos é assim. Ela, que também chegou quando ainda Estado-Maior das Forças Armadas, começou como auxiliar de serviços gerais.

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“Quando eu vim para cá, chorei muito porque não queria trabalhar com militar de jeito nenhum. Mas foi uma impressão errada, pois foi melhor coisa que fiz, eu amo os militares. Eu aprendi muita coisa, eu gosto daqui e sou bem mimada mesmo”, conta com alegria.

Para dona Antônia, o único ponto que ela não se acostuma é trabalhar com a rotatividade de militares, que não ficam por muito tempo. “Vivi muita coisa aqui, me sinto feliz, realizada. Se eu pudesse, ficava mais 20”, acrescentou.

Carreira Militar

O primogênito Cláudio Portugal de Viveiros nasceu no estado de Minas Gerais em uma família de cinco irmãos e pais imigrantes portugueses. Viveu a infância em Fortaleza (CE), onde estudou em colégio militar, no qual a vivência fez com que surgisse o interesse de seguir uma carreira. E assim realizou e em 1975, aos 15 anos, ingressou no Colégio Naval, no Rio de Janeiro. Hoje, como Almirante de Esquadra, posto mais alto da Marinha, ocupa o cargo de Chefe de Assuntos Estratégicos do Ministério da Defesa.

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“A experiência na Defesa é peculiar pelo aspecto inicial de trabalhar em conjunto com as outras Forças. Até então, eu estava muito dedicado aos trabalhos na Marinha. Um termo muito apropriado para isso, do ponto de vista militar, é interoperabilidade em que se soma potencialidades e capacidades”, destacou.

Para o Almirante, os 20 anos do ministério fez com que o país ganhasse uma dimensão maior em relação ao protagonismo político da defesa nacional. Há um ano na pasta, ele vê o cargo como uma excelente oportunidade para se relacionar com outros países, representações diplomáticas e conduzir as discussões “sobre as evoluções da Política Nacional de Defesa e Estratégia Nacional de Defesa”.

Experiência macro

Há pouco mais de um ano e meio do Ministério da Defesa, a coronel do Quadro Complementar do Exército, Beatriz (sobrenome) coordena o Grupo de Trabalho do Projeto de Defesa Alimentar. Em reuniões periódicas, técnicos do MD e das três Forças trabalham para construir um plano de defesa alimentar, apto a identificar os principais riscos e vulnerabilidades de água e alimentos, principalmente, em operações militares. Para a Coronel, como veterinária, esse trabalho multidisciplinar é diferente do que se vive nas organizações militares, mas é uma experiência importante.

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“Todos deviam ter essa oportunidade. Apesar de ocorrer as operações, eu nunca tinha trabalhado com as outras Forças e é uma coisa bem rica. São pessoas que tem atividades bem semelhantes, mas que as fazem do jeito diferente. É um aprendizado muito grande”, pontuou.

Beatriz que diz que sempre trabalhou na “ponta da linha” (como são chamadas as unidades militares espalhadas pelo País), na parte de execução, na Defesa, tem uma visão macro, onde trabalha do outro lado, com planejamento e criação de doutrinas. “É um ponto de observação bem interessante. Pensar que precisa criar meios para que todo mundo consiga executar. Eu faço a maior propaganda para as pessoas. Quem não serviu aqui, precisa dessa experiência”, afirmou.

Interoperabilidade

O Suboficial Cosme de Castro Caetano é um exemplo de como é possível a integração entre as Forças Armadas. No MD, ele já passou pela Chefia de Logística e Mobilização (CHELOG), Chefia de Assuntos Estratégicos (CAE) e, atualmente, está na Chefia de Operações Conjuntas (CHOC). Cada setor desse é comandado por um oficial General da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. “Posso afirmar que conheço e vivo intensamente o real sentido da palavra interoperabilidade, que é tão difundida nos corredores da estrutura organizacional”, disse.

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Em mais de 27 anos de serviço pela Força Aérea, ele acredita que conhecer as particularidades de cada Força e dos servidores civis do Ministério da Defesa, e ter a oportunidade de dividir os conhecimentos adquiridos de Projetos Estratégicos da sua Força, “é extremamente motivador”.

“Me considero uma pessoa muito mais realizada, pois tenho a honra de trabalhar no MD e de poder estar presente no ano em que esta instituição tão importante para o nosso País completa 20 anos de existência. Parabéns para todos nós que somos a Defesa!”, finalizou.

Por Júlia Campos

Fotos: Alexandre Manfrim/ ASCOM MD

Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
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