A crise econômica contribuiu para o fechamento de 38,7 mil unidades locais de organizações do terceiro setor no país. O estudo do IBGE Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos (FASFIL) mostra que, entre 2013 e 2016, a redução foi de 14%, atingindo principalmente as regiões Nordeste, com menos 14,4 mil unidades, e o Sudeste, com menos 11,6 mil. Muitos desses locais desativados prestavam serviços gratuitos ou a preços reduzidos para a população de baixa renda.
“A grande maioria dessas fundações e Ongs dependem de alguma forma de financiamento, seja estatal, seja privado. Então tendo esse canal de financiamento, acreditamos que a redução esteja relacionada ao momento de crise econômica”, explica a gerente da pesquisa Denise Guichard.
Mais da metade das unidades de defesa de direitos desativadas funcionavam no Nordeste, que totalizou 5,7 mil locais de atendimento fechados. Também foi alto o número de unidades que deixaram de funcionar nas regiões Sudeste e Sul, menos cerca de 1,8 mil. Em 2016, restavam 30,3 mil organizações prestando esse tipo de serviço no Brasil.
Segundo o estudo, além de afetar as organizações que se dedicavam à defesa de direitos sociais, a crise econômica também acarretou a extinção de 9,4 mil associações patronais, profissionais e de produtores rurais, uma queda de 25%, e 9,1 mil associações sem fins lucrativos voltadas para a Cultura e Recreação, entre elas clubes de futebol, associações desportivas e associações voltadas ao turismo, redução de 22%.
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