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20 anos de MD: EMCFA é fundamental na coordenação do emprego conjunto das Forças Armadas

Publicado em: 02/07/2019 21:07 | Atualizado em: 02/07/2019 21:07

O Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas – EMCFA – criado por meio da Lei Complementar nº 136, de 25 de agosto de 2010, tem como missão principal o assessoramento ao Ministro de Estado da Defesa nos assuntos relacionados ao emprego conjunto das Forças Armadas do Brasil e atuação de forças brasileiras em operações de paz.

“Este emprego conjunto pressupõe uma integração harmoniosa das capacidades presentes e disponíveis na Marinha do Brasil, no Exército Brasileiro e na Força Aérea Brasileira. Ao se empregar meios singulares de forma conjunta, promove-se o inter-relacionamento técnico e operacional das Forças Armadas, potencializando o conceito de interoperabilidade tão difundido atualmente” afirmou o atual Chefe do EMCFA, Tenente Brigadeiro do Ar, Raul Botelho.

Foto: Alexandre Manfrim

autoridade da Defesa posa para foto

O atual chefe do EMCFA é o Tenente Brigadeiro do Ar Raul Botelho

Planejamento Baseado em Capacidade (PBC)

O EMCFA tem utilizado a ferramenta do Planejamento Baseado em Capacidade, em que, de maneira resumida, consiste na identificação das capacidades que as Forças Armadas deverão possuir para fazer frente a determinado cenário e causar um efeito esperado.

“O EMCFA possui como principal diretriz a elaboração de uma estratégia que projete um conceito moderno de emprego conjunto, em nível estratégico e operacional, e uma das fases vem sendo realizada à luz da metodologia do PBC, em que demanda como insumos a definição das prioridades de defesa, a elaboração de uma concepção de emprego conjunto atualizada e um cenário militar de defesa”, explicou o Brigadeiro Botelho.

veículo blindado da Marinha
Carro Lagarto Anfíbio da Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil em atuação no Rio de Janeiro

“Uma equipe dedicada vem cumprindo com empenho as etapas do método, conforme a técnica de memorização DOPEMAI, no sentido de potencializar a Doutrina, que orienta as ações para o emprego; a Organização, como melhor forma de estruturar o poder Militar para enfrentar os desafios; o Pessoal, na administração de recursos humanos qualificados; a Educação, na gestão de competências; o Material, com foco nos sistemas, nas plataformas e nos equipamentos; e, finalmente, a Infraestrutura, consistindo em todos os meios e serviços de apoio” complementou o Chefe do EMCFA.

Formação de massa crítica e ampliação da cultura de emprego conjunto

De acordo com o Brigadeiro Botelho, o EMCFA deve ter como norte apoiar as Forças Armadas no preparo e treinamento necessários para compor o esforço conjunto de defesa nacional. Para ele, é preciso formar uma massa crítica com conhecimento e entendimento do conceito de emprego conjunto: “acredito que se deva focar no aperfeiçoamento da concepção de emprego conjunto. As escolas militares de Altos Estudos e Comando e Estado-Maior já possuem em seus currículos cadeiras dedicadas ao aprofundamento no conhecimento, teórico e prático, das teorias e conceito de emprego conjunto”.

Soldados do Exército em patrulha na rua
Emprego do Exército em ações de Garantia da Lei e da Ordem

Outros desafios do EMCFA são: o fomento à interoperabilidade dos meios da Marinha, do Exército e da Aeronáutica por intermédio de ações coordenadas e integradas, a melhoria da estrutura de defesa. “A estrutura ainda não é a mais adequada. Todavia, primeiro, deve-se estabelecer a estratégica e o conceito de defesa que ser atingir, seja com esforço mais concentrado nas ações voltadas para a Soberania e Defesa Nacional, seja para as ações de apoio ao Estado. A estrutura será consequência da estratégia”, destacou o Brigadeiro Botelho.

Hoje, há um grupo de trabalho do EMCFA analisando esta questão e buscando o resultado pautado no sentido de que o EMCFA possa empregar as Forças Armadas de forma objetiva e eficaz.

Projetos conjuntos das Forças Armadas Brasileiras

O Chefe do Estado-Maior Conjunto lembra que está em andamento e com contratos assinados projetos conjuntos das Forças, dos quais destacam-se: “o Rádio Defenido por Software (RDS), o Link BR2, o IFF Modo 4, a interface de comunicação, comando e controle interforças”. As três Forças estão envolvidas nestes projetos, cada uma com uma missão.

Soldados da Força Aérea em patrulha motorizado
Militares da Força Aérea em ação de GLO na Operação Capixaba

O EMCFA é a vertente militar do MD e tem a competência de elaborar os planejamentos e doutrinas de emprego, assessorar nos temas de política e estratégia, nacional e setorial de defesa, de inteligência, de serviço militar, promover, em nível nacional e internacional, o relacionamento e cooperação de defesa, logística, mobilização, tecnologia militar, operações de paz, dentre outras áreas.

Dentre as responsabilidades do EMCFA, destaca-se a promoção de atividades e exercícios reais e na carta. “As capacidades individuais de cada FA são inseridas num cenário de cooperação técnica e operacional, desde o conhecimento das doutrinas, passando pelo conhecimento mútuo das capacidades singulares e culminando com uma sinergia de ações integradas em prol do cumprimento da missão estabelecida”, segundo o Brigadeiro Botelho.

Assim, as Forças Armadas identificadas por uma estrutura de preparo e emprego singular são acionadas para operarem num conceito de emprego conjunto, em que a compreensão clara das regras torna-se fator determinante para o sucesso de qualquer operação integrada” evidenciou o CEMCFA.

Com informações do EMCFA

Fotos: divulgação Forças Armadas

Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa

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