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Acolhida realizou a interiorização de mais de 19 mil venezuelanos em 2020

Publicado em: 17/01/2021 13:01 | Atualizado em: 17/01/2021 13:01
Mais de 600 cidades brasileiras receberam migrantes do país vizinho

Acolhida realizou a interiorização de mais de 19 mil venezuelanos em 2020

Desde 2018, mais de 46 mil venezuelanos foram atendidos pela Acolhida. – Foto: Flickr/Operação Acolhida

Desenvolvida para receber, abrigar e proteger refugiados do país vizinho, a Acolhida abrigou e interiorizou 19,3 mil venezuelanos em 2020. Desde 2018, 46,5 mil migrantes foram interiorizados para 645 cidades de todas as regiões do Brasil.

Os municípios que mais receberam novos moradores foram Manaus (4.931), Curitiba (3.073) e São Paulo (3.033). Coordenado pelo Ministério da Cidadania, o Subcomitê Federal de Interiorização é responsável pelo processo de aprovação da transferência dos imigrantes das cidades de fronteira (Pacaraima e Roraima) para outros estados brasileiros.

“A interiorização é o principal diferencial dessa operação. Nós oferecemos aos nossos irmãos venezuelanos a possibilidade de recomeçar e seguir suas vidas por conta própria. O Brasil tem história de solidariedade”, afirma o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni.

Interiorizado há dois anos, o venezuelano William Pirez recomeçou a vida em Florianópolis (SC), junto da esposa. Formado em engenharia de alimentos, hoje ele trabalha em uma rede de supermercados, mas já começou a investir em produção própria.

“Eu tinha a minha rede de produtos na Venezuela, mas chegamos a um ponto em que era inviável permanecer. Fui muito bem recebido no Brasil, adoro Florianópolis e não quero ser um peso aqui. Pelo contrário, penso que posso dar minha contribuição para esse país com meu trabalho”, afirma Pirez, que já abriu uma pequena empresa e hoje vende produtos como compotas, pimentas e temperos.

Cuidados com a Covid-19

A Acolhida é o processo de acolhimento humanitário brasileiro do Governo Federal, coordenada pela Casa Civil, é composta por 11 ministérios, com apoio de agências da ONU e de mais de 100 entidades da sociedade civil, para oferecer assistência emergencial aos migrantes e refugiados que entram pela fronteira com Roraima.

Por conta da Covid-19, foram instituídas medidas adicionais em todos os processos conduzidos, como o reforço dos filtros sanitários, a inspeção médica adicional por ocasião de ingresso nos abrigos, a prioridade para a interiorização de pessoas que já estejam abrigadas pela operação e o monitoramento clínico por até duas semanas após a chegada aos locais de destino.

 Com informações do Ministério da Cidadania