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BNDES registra lucro líquido de R$ 4,76 bilhões no semestre

Publicado em: 14/08/2018 16:08 | Atualizado em: 14/08/2018 16:08
13 de agosto de 2018 Institucional

BNDES registra lucro líquido de R$ 4,76 bilhões no semestre

Resultado bruto com participações societárias atingiu R$ 4,10 bilhões e influenciou positivamente o resultado 

Inadimplência de mais de 90 dias caiu de 2,08% em dezembro de 2017 para 1,45% em junho de 2018, abaixo da média do Sistema Financeiro Nacional (3,06%)

Boa qualidade da carteira se manteve: 97,5% das operações estão entre os níveis AA e C, considerados de baixo risco e acima da média do SFN (90,2%)

letreiro do BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 4,76 bilhões no primeiro semestre de 2018, um crescimento de 253,9% diante do mesmo semestre de 2017. O lucro do semestre é explicado por resultado bruto de intermediação financeira de R$ 6,5 bilhões, afetado pela redução de R$ 4,69 bilhões (98,3%) da despesa com provisão para risco de crédito, e resultado bruto com participações societárias em R$ 4,10 bilhões (189,3%).

Participações Societárias – O desempenho positivo com participações societárias de todo o Sistema BNDES (incluindo BNDESPAR) entre janeiro e junho deste ano refletiu o crescimento de R$ 2,28 bilhões (312,6%) do resultado com alienações de investimentos, com destaque para a alienação de ações de Petrobras e Eletropaulo.

Também contribuiu com o resultado a reversão de perdas por impairment de R$ 467 milhões, tendo registrado despesa de R$ 355 milhões no primeiro semestre de 2017. Após as alienações, o percentual de participação do Sistema BNDES na Petrobras passou a 15,24%, ante 16,54% em dezembro de 2017.

A carteira de participações societárias (participações em sociedades coligadas e não coligadas + fundos de investimento de renda variável) atingiu R$ 85,64 bilhões ao final do semestre, um crescimento de R$ 3,83 bilhões (4,7%) decorrente da valorização, da ordem de R$ 8,11 bilhões, da carteira de participações em sociedades não coligadas, especialmente dos investimentos na Petrobras, Vale e Suzano Papel e Celulose.

Provisão – A ausência de necessidade de constituição de provisão para risco de crédito, ao contrário do que havia sido observado no primeiro semestre do ano anterior, culminou na redução dessa despesa, que passou de R$ 4,77 bilhões no primeiro semestre de 2017 para R$ 81 milhões entre janeiro e junho de 2018.

Intermediação – O resultado bruto de intermediação financeira apresentou redução de R$ 1,80 bilhão (21,6%) entre os semestres devido ao declínio do volume e da rentabilidade da carteira de crédito e da queda da rentabilidade da carteira de títulos e valores mobiliários acompanhando a redução das taxas médias de mercado.

Ativo – O ativo do Sistema BNDES totalizou R$ 834,46 bilhões ao final do semestre, redução de R$ 33,06 bilhões (3,8%), provocada principalmente pelo pagamento antecipado de R$ 60,14 bilhões em dívidas com o Tesouro Nacional.

A carteira de crédito e repasses, líquida de provisão, representou 62,2% dos ativos totais em junho, e registrou declínio de R$ 29,11 bilhões (5,3%) no semestre em razão, basicamente, do volume de liquidações, que superou o volume de desembolsos em R$ 56,67 bilhões.

A boa qualidade da carteira se manteve, com a concentração de 95,7% das operações entre os níveis de risco AA e C, considerados de baixo risco, percentual superior à média de 90,2% do Sistema Financeiro Nacional (SFN), divulgada em março.

Inadimplência – A inadimplência acima de 90 dias apresentou queda no semestre, passando de 2,08% em dezembro, para 1,45% em junho de 2018, inferior à do SFN (3,25% em dezembro e 3,06% em junho 2018).

Desconsideradas as operações cujas prestações são integralmente honradas pela União, o índice de inadimplência do BNDES seria de 0,18% (90 dias).

O índice de renegociação, que compreende as operações de crédito renegociadas nos últimos 12 meses, cresceu de 3,62% em 31 de dezembro de 2017, para 4,80% em 30 de junho de 2018, sobretudo pelas renegociações de dívidas dos Estados ao amparo da Lei Complementar 156/2016.

Funding – Ao final do primeiro semestre, Tesouro Nacional e FAT/PIS-PASEP representavam 44,1% e 33,7%, respectivamente, das fontes de recursos do BNDES. Por conta do pagamento antecipado de R$ 60,1 bilhões feito ao Tesouro durante o semestre, a dívida com o TN recuou 11,6% e encerrou o trimestre em R$ 367,72 bilhões.

No semestre, ingressaram R$ 8,5 bilhões de recursos do FAT Constitucional, e o saldo total com FAT em junho ficou em R$ 261,73 bilhões. O passivo com o Fundo PIS-PASEP totalizou R$ 19,79 bilhões ao final do semestre, redução de 28,6% na comparação com dezembro de 2017, devido à liquidação antecipada de R$ 8,82 bilhões.

Patrimônio Líquido – O Patrimônio Líquido do Sistema BNDES totalizou R$ 71,49 bilhões no semestre, um crescimento de R$ 8,65 bilhões (13,8%) em relação a dezembro, explicado pelo lucro líquido de R$ 4,76 bilhões apurado no semestre e pelo efeito da valorização da carteira de ações de R$ 3,13 bilhões, líquida de tributos.

Limites Prudenciais – Base para o cálculo dos limites prudenciais estabelecidos pelo BACEN, o Patrimônio de Referência alcançou R$ 158 bilhões no primeiro semestre. Os limites prudenciais do BNDES se mantiveram acima dos limites mínimos exigidos pelo BACEN, apresentando, ainda, melhora diante de dezembro de 2017.

O índice de Basileia passou de 27,51% ao final de 2017, para 29% em 30/06/18, acima dos 10,5% exigidos pelo Banco Central, principalmente pelo aumento do patrimônio de referência (R$ 146,37 bilhões em 31 de dezembro de 2017 para R$ 158,06 bilhões em junho de 2018).

Os índices de Capital Nível I e Capital Principal também apresentaram crescimento no semestre, passando de 18,34% em 31/12/17 para 19,33% em 30/06/18, acima dos 7,875% e 6,375% exigidos pelo BACEN, respectivamente.

BNDESPAR – A BNDESPAR, subsidiária integral de participações do BNDES, registrou lucro líquido ajustado pelos ganhos com alienações de R$ 3,81 bilhões no 1º semestre de 2018, ante o resultado de R$ 1,25 bilhão no mesmo semestre de 2017. O acréscimo de 204,7% é explicado principalmente pelo resultado com alienações de participações societárias de R$ 4,1 bilhões entre janeiro e junho deste ano, ante R$ 1,23 bilhão no mesmo semestre de 2017.

Os principais desinvestimentos realizados pela BNDESPAR foram a alienação de ações da Petrobras e da integralidade das ações da Eletropaulo, que, juntas, responderam por 97% do resultado com alienações. Consequentemente, o percentual de participação da BNDESPAR no capital total da Petrobras ficou em 8,37% (15,24% quando considerada a participação total das empresas do Sistema BNDES).

As demonstrações financeiras consolidadas do BNDES e da BNDESPAR e o Relatório da Administração do BNDES para o semestre encerrado em 30 de junho de 2018 estão disponíveis no Portal de Relações com Investidores do BNDES.

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