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Cadastro de comunidades quilombolas ajuda nos preparativos da pesquisa

Publicado em: 09/01/2019 14:01 | Atualizado em: 09/01/2019 14:01

Membros da comunidade quilombola de Sobara, em Araruama (RJ). (Créditos: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias)

Fundamental na preparação do Censo Demográfico 2020, o Cadastro Geral de Informações Quilombolas está sendo realizado pela Fundação Cultural Palmares via formulário online. Os dados coletados servirão como base para o planejamento do IBGE no recenseamento do próximo ano.

O cadastro vai permitir avanços inéditos, como a auto identificação da população quilombola em relação ao pertencimento étnico e a localização dessas comunidades. A responsável pelo Grupo de Trabalho de Povos e Comunidades Tradicionais do IBGE, Marta Antunes, explica a importância dessa ação: “nossa base divide o território em setores censitários, que é a área de trabalho dos recenseadores, e precisamos saber onde estão os domicílios, inclusive as comunidades quilombolas. Além disso, precisamos da localização para abrirmos a pergunta do questionário sobre se a pessoa se considera quilombola ou não”.

“O cadastro vai nos ajudar informando qual o tipo de infraestrutura que existe nessas comunidades para planejarmos a operação censitária. Vai nos dizer se há local para o recenseador se alojar, pernoitar, acessar a internet etc”, complementa Marta.

A Fundação Cultural Palmares já certificou 203 comunidades quilombolas somente em 2018, e a expectativa é que todas elas preencham o cadastro pela internet. “Temos um termo de colaboração com o IBGE para a realização do Censo 2020. A partir desse trabalho conjunto, a ideia é conseguirmos apoio para coletar informações dessas comunidades. Para nós, é importante termos mais informações das comunidades quilombolas, porque temos políticas públicas voltadas a elas”, explica o técnico da fundação, Cristian Martins.

“O cadastro reunirá dados basicamente socioeconômicos e geográficos dessas comunidades. Por exemplo, a localização delas e as condições gerais, como a quantidade de pessoas, as manifestações religiosas, se existe algum conflito fundiário”, conta Cristian.

Sobre a importância de conhecer melhor as comunidades para fortalecer a cooperação, Marta ressalta o papel do cadastro. “Vamos ter uma primeira análise desses dados antes do Censo. É algo importante para podermos abordar as lideranças comunitárias, para entrarmos nesses espaços com segurança para nosso recenseador, sem nenhum tipo de mal-entendido. Isso vai facilitar muito o trabalho de coleta”, encerra.

A Fundação Cultural Palmares mantém como recomendação apenas que o informante seja uma liderança comunitária, para garantir que a fonte tenha conhecimento profundo sobre a realidade da comunidade. Caso a liderança não tenha familiaridade com computadores ou smartphones, é recomendado solicitar auxílio no preenchimento do formulário.

Repórter: Rodrigo Paradella
Imagem: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias

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