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Conheça iniciativas de produtores que realizaram grandes projetos com até R$ 1 milhão, novo teto da Lei de Incentivo à Cultura

Publicado em: 24/04/2019 17:04 | Atualizado em: 24/04/2019 17:04
Projetos voltados à qualificação profissional da população indígena do Amazonas e de oficinas de arte e esporte para crianças do interior paulista são exemplos bem-sucedidos
Crianças de Atibaia (SP) participam de projeto desenvolvido pelo artista plástico Glenn Medeiros com apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Foto: Divulgação)

Iniciativas bem-sucedidas realizadas por produtores e artistas comprovam que é possível fazer muito com R$ 1 milhão, novo teto da Lei Federal de Incentivo à Cultura, divulgado nesta quarta-feira (24) por meio de Instrução Normativa publicada no Diário Oficial da União. Dois exemplos são os projetos desenvolvidos pelo artista plástico Glenn Medeiros, de Atibaia (SP), voltados ao público infantil, e o Escola de Arte, de Manaus (AM), voltado à qualificação profissional da população indígena local.

Desde 2012, Glenn Medeiros já promoveu cinco projetos em Atibaia: Futebol Criança, Ybyrá Mitã, Brincadeira de Criança, Atibaia Criança e Sonho de Criança. Tudo começou com o convite que o diretor de marketing de uma empresa da região fez ao artista: desenvolver projetos de arte para crianças e jovens da comunidade local para serem financiados pela própria companhia por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Ainda que seja um pouco atípica (em geral, são os artistas e produtores que vão até as empresas buscando patrocínio para suas ideias), a experiência de Medeiros serve de exemplo para incentivar o patrocínio a esse tipo de projeto. Ao todo, o artista conseguiu apoio de R$ 621 mil para organizar os cinco projetos. Cerca de 7 mil crianças da região já participaram das oficinas ministradas pelo artista, que mesclam arte, futebol, educação artística e socioambiental.

“As empresas estão buscando mais esses projetos regionais, menores, por que elas percebem que esse tipo de atuação gera mais resultado institucional, por que você atua no entorno da empresa, você atua dentro do seu público interno também”, afirma Medeiros. “Às vezes, como no nosso projeto, o trabalho é feito com os filhos dos funcionários dos nossos patrocinadores, que têm unidades industriais próximas de nós. Além de gerar cultura local, ela também movimenta a economia local”, acrescenta.

Cursos profissionalizantes para indígenas

O Instituto Dirson Costa (IDC), por meio da Escola de Artes, oferece cursos profissionalizantes em pintura e marchetaria para indígenas residentes em Manaus (Foto: Divulgação)

Em Manaus, o Instituto Dirson Costa (IDC), por meio da Escola de Artes, oferece cursos profissionalizantes em pintura e marchetaria para indígenas residentes na cidade. O curso, com duração de dois anos, foi implementado com patrocínio de R$ 180 mil do Banco da Amazônia, obtido via Lei Federal de Incentivo à Cultura.

“As empresas podem se sentir privilegiadas ao participar desse processo, a partir da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Não importa o teto do projeto, a empresa sempre estará associando sua marca a projetos de melhoria da sociedade pela via mais linda e leve, a arte e a cultura. E essa atividade humana é sempre transformadora. Vamos todos nós, artistas, empreendedores culturais e empresas brasileiras, nos unirmos para fazer essa transformação cultural do Brasil”, destaca a diretora-presidente do Instituto, Aidalina Nascimento Costa.

Antes de oferecer os cursos, que começaram em 2002, o Instituto organizou uma pesquisa para saber qual parte da população tinha menos acesso às políticas públicas do município. O resultado evidenciou que a população indígena residente na capital não era atendida por nenhum projeto cultural, tanto de iniciativa pública quanto privada, e nem mesmo pelas instituições de apoio aos indígenas. cursos especiais+

“Quanto mais projetos de arte e de cultura estiverem sendo desenvolvidos em todo o país, mais cidadãos brasileiros estarão desenvolvendo suas capacidades cognitivas, criatividade e sensibilidade para se tornarem seres humanos melhores. E daí vão surgir profissionais com valores humanos mais apurados, como a ética, por exemplo. Arte é fundamental para o desenvolvimento humano do ser. Seja fazendo a criação artística ou absorvendo a ação do artista. Por isso é tão importante apoiar o artista e criar a plateia”, conclui Aidalina.

Desconcentrar recursos para financiar mais projetos culturais e, desse modo, aumentar o acesso da população a bens e produtos culturais é um dos principais objetivos das mudanças que a nova Instrução Normativa traz para a Lei Federal de Incentivo à Cultura.

“Queremos que os pequenos e médios artistas, de todas as regiões, sejam beneficiados pela Lei. Mais projetos apoiados significam mais atividades culturais em mais cidades do Brasil. É a cultura chegando mais perto de cada brasileiro e construindo cidadania”, destaca o ministro da Cidadania, Osmar Terra, sobre a redução de 98% no teto, que passou de R$ 60 milhões para R$ 1 milhão.

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Assessoria de Comunicação
Secretaria Especial da Cultura
Ministério da Cidadania
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