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Brasília, April 25, 2024 7:18 PM

Finep/MCTI e Governo de Minas assinam convênio para construção de centro de excelência em vacinas, na UFMG

Publicado em: 09/12/2021 18:12 | Atualizado em: 09/12/2021 18:12

O presidente da Finep, Waldemar Barroso, em seu discurso, comemorou ao convênio: “quando chamada aos desafios, a Finep/MCTI sempre se faz presente para contribuir com melhorias para o crescimento brasileiro. O CT Vacinas é uma revolução tecnológica nossa”, disse. Participaram, ainda as seguintes autoridades:

– Astronauta Marcos Pontes, Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovações;
– Sandra Regina Goulart Almeida , Reitora da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG , Representando o Presidente da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa – FUNDEP, Senhor Jaime Arturo Ramírez;
– Marcelo Morales, Secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI
– Christiane Corrêa, Secretária de Articulação e Promoção da Ciência do MCTI;
– Felipe José Fonseca Attiê, Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Minas Gerais, Representando o Governo de Minas Gerais;
– Camila Pereira de Oliveira Ribeiro, Diretora de Finanças da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais, Representando o Presidente da FAPEMIG, Paulo Sérgio Lacerda Beirão;
– Marco Aurélio Crocco Afonso, Presidente do Parque Tecnológico de Belo Horizonte – BHTEC
– Luciana Quaresma Rodrigues, Superintendente de Pesquisa e Tecnologia do Estado de Minas Gerais, representando a Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais;

São, ao todo, R$ 80 milhões (de R$ 50 milhões da Finep/FNDCT) para a construção da infraestrutura física do que vai ser batizado de “Centro Nacional de Vacinas”, com a instalação de equipamentos para a pesquisa de vacinas, kits de diagnósticos e seus produtos intermediários. O estado de Minas gerais aportará R$ 30 milhões (FAPEMIG: R$ 12 milhões; SESMG: R$ 18 milhões).

O prédio contará com 9.302m², divididos em um subsolo, cinco pavimentos úteis e um pavimento técnico. O Bloco 1 é composto pelas áreas de pesquisa e desenvolvimento, áreas comuns e de apoio, biotério e estacionamento, e o Bloco 2, é composto pela planta de produção piloto GMP (Good Manufacturing Practice).

O novo espaço atuará com pesquisas na área de medicina humana e veterinária, buscando estabelecer o vínculo entre a produção do conhecimento acadêmico em parcerias com outras instituições públicas e privadas. A ideia é facilitar a troca e a construção conjunta da pesquisa, a geração de patentes, a chegada dos potenciais produtos ao mercado e ao Sistema Único de Saúde.

fonte FINEP

MCTI assina convênio para criação do Centro Nacional de Vacinas MCTI UFMG

Documento prevê a liberação de recursos para o polo nacional que vai ampliar a capacidade de desenvolvimento de vacinas nacionais

FOTO CN VACINAS.jpg

Foto: Neila Rocha (SEAPC/MCTI)

Em solenidade realizada na quarta-feira (8) no palco principal da 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, no Pavilhão de Exposição do Parque da Cidade, em Brasília, o MCTI – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, assinou convênio para a criação do Centro Nacional de Vacinas MCTI UFMG. O ministro do MCTI, astronauta Marcos Pontes, participou do evento ao lado de outras autoridades e pesquisadores.

Assinaram o convênio a reitora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Sandra Almeida, o presidente da FINEP/MCTI, Waldemar Barroso, o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Minas Gerais, Felipe Atiê, e a diretora de Finanças da Fundação de Apoio à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG), Camila Ribeiro. O convênio destina R$ 50 milhões pelo MCTI e R$ 30 milhões pelo Governo de Minas Gerais para a criação desse polo nacional, que ampliará as capacidades de desenvolvimento de vacinas nacionais.

Na solenidade, o secretário de Pesquisa e Formação Científica, Marcelo Morales, contou a história da criação da RedeVírus MCTI, que desde fevereiro de 2020 tem orientado as ações do MCTI para o enfrentamento da pandemia da Covid-19 e destacou a atuação da Rede no desenvolvimento de vacinas nacionais, testes diagnósticos e vigilância genômica, entre outras ações.

“Poucos sabem, mas até pouco tempo atrás, o Brasil não produzia nenhum insumo farmacêutico ativo para vacinas”, disse. “Importamos os insumos. A estratégia do MCTI foi criar uma estratégia de produção de vacinas de 2ª e 3ª geração, para que tivéssemos no País uma infraestrutura de produção de vacinas de altas tecnologias para doenças como dengue, zika e chikungunya, por exemplo”.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes falou das perdas causadas pela pandemia da Covid-19, no Brasil e no mundo, e argumentou que o Brasil não pode ser dependente do mercado internacional, em vacinas, fármacos, sistemas e produtos que sejam essenciais para a saúde. Segundo ele, pela primeira vez, o Brasil vai ser capaz de desenvolver sua tecnologia, insumos, envasamento e distribuição de vacinas. “Temos que aprender com isso, a despeito de todas as dificuldades que enfrentamos”, disse. “Faltava muita coisa, mas nunca faltou vontade dos cientistas, do ministério e dos brasileiros em resolver esse problema”.

O pesquisador chefe do CN Vacinas, Ricardo Gazzinelli, ressaltou que a assinatura do convênio é um grande momento para os pesquisadores. “Isso parece ser um momento que concretiza um trabalho de décadas”, apontou. “Vejo com grande otimismo o futuro que nos aguarda e a parceria das instituições com os pesquisadores, que vai permitir o avanço na área de diagnóstico e vacinas que será muito importante para o País”.

“Ninguém faz nada sozinho”, disse o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de MG, Felipe Atiê, salientando o trabalho conjunto para a criação do Centro. “Desenvolvemos esse trabalho nos últimos seis meses para que tivéssemos ali a semente da esperança, do trabalho, da defesa da saúde dos brasileiros, com tecnologia nacional de vacinas em nossas mãos”.

O presidente da FINEP/MCTI, Waldemar Barroso, ressaltou que a Financiadora é uma das ferramentas da “caixa” do MCTI. “Temos pessoas, cientistas comprometidos para resolver um problema nacional”, observou. “Estamos muito honrados de assinar este convênio com a certeza de que teremos vacinas nacionais em breve”.

A reitora da UFMG, Sandra Almeida, agradeceu ao ministro por ter acolhido a demanda da universidade e aos demais parceiros “para que nós possamos cumprir a missão maior das universidades públicas, que é produzir conhecimento e contribuir para o desenvolvimento do nosso país”.

O Centro Nacional de Vacinas MCTI UFMG

O MCTI – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações iniciou em julho de 2021 as tratativas para viabilizar a criação e construção do Centro Nacional de Vacinas, em parceria com o Governo de Minas Gerais, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-Tec).

Por meio da expansão e qualificação do CT Vacinas, da UFMG, o CN Vacinas promoverá o desenvolvimento de projetos de inovação nas áreas de vacinas, kits diagnósticos e fármacos com foco na transferência tecnológica para empresas e instituições que atuam no mercado. A ideia é que o centro domine todas as etapas do desenvolvimento desses produtos, incluindo as pesquisas, testes com pacientes até a criação de protótipos.

Outra estratégia é que o centro atue também uma plataforma para o surgimento de spin-offs que desejem comercializar os produtos desenvolvidos pelo Centro. Além disso, o CN Vacinas desprenderá esforços para apoiar grupos de pesquisa, instituições e empresas por meio da capacitação de profissionais e prestação de serviços.

O diálogo para a concretização da parceria vem desde fevereiro, a partir de uma reunião do ministro Pontes, o vice-Governador de Minas Gerais, Paulo Brant, e a reitora da UFMG, Sandra Almeida. Nos dias 13 e 14 de julho, o secretário de Estruturas Financeiras e de Projetos do MCTI, Marcelo Meirelles, também se reuniu com representantes da UFMG, BH-Tec e do governo de Minas Gerais para acertar os detalhes da parceria.
Dentro da estratégia de criação do centro, a ideia é que ele possa se sustentar a longo prazo por meio de parcerias com a iniciativa privada e com o ecossistema que existe no parque tecnológico.

fonte MCTI