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Governo Federal lança Atlas de Potencial Energético dos Resíduos Sólidos

Publicado em: 09/12/2021 19:12
Nova ferramenta vai mapear regiões com maior potencial de aproveitamento do lixo para geração de energia
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Foto: Sergio Durti/ANEEL

Aprodução de energia elétrica a partir do reaproveitamento de resíduos sólidos avança como política efetiva no Brasil. Após realizar o primeiro leilão para compra de energia gerada a partir do lixo, em setembro deste ano, o Ministério do Meio Ambiente lança o Atlas de Potencial Energético dos Resíduos Sólidos, uma iniciativa para mapear regiões com o maior potencial de investimentos neste setor.

O documento foi apresentado nesta quarta-feira (8) pelo ministro Joaquim Leite durante o I Seminário Desafios da Geração de Energia Elétrica com Resíduos Sólidos Urbanos, promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O Atlas de Potencial Energético dos Resíduos Sólidos estará disponível em versão digital e traz todas as informações sobre locais onde o lixo pode ser transformado em energia, criando um ambiente de negócios mais favorável. O objetivo é ampliar investimentos e a geração desse tipo de energia em todo o país.

O ministro do Meio Ambiente explicou que a ferramenta dará as diretrizes para que o governo possa desenhar políticas, alcançando a meta de redução de 30% das emissões de metano até 2050, compromisso assinado durante a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP26). “O Atlas traz todas as informações para montarmos estratégias para que este setor cresça, de forma que possamos atingir a meta de redução de metano, além de trazer mais qualidade de vida pra quem mora na cidade”, destacou Joaquim Leite.

Presente no seminário, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, falou da importância das políticas do governo que vem investindo, cada vez mais, em diversificação de sua matriz energética, substituindo combustíveis fósseis por energia limpa e sustentável. “O Brasil tem assumido, cada vez mais, um protagonismo em suas participações em eventos internacionais, como a COP26, e fóruns em que se debate a transição energética e o quanto são importante as políticas e programas que desenvolvemos no país”, afirmou.

O secretário de Qualidade Ambiental do MMA, André França, citou uma série de aspectos positivos para o desenvolvimento de novas tecnologias para a recuperação energética que podem resultar em novas formas de geração de energia, como é o caso dos resíduos sólidos. Segundo ele, uma grande cadeia deve se movimentar para atender o novo mercado. “É uma porta que se abre para o desenvolvimento importante de uma tecnologia, movimentando uma série de outros segmentos, gerando empregos”, conclui.

Joaquim Leite ressaltou ainda o desafio enfrentado pelo governo para tirar do papel a Agenda Ambiental Urbana, promovendo ações de recuperação e preservação nas cidades, onde vive 85% da população brasileira. Ele citou o Atlas de Recuperação Energética como mais uma das frentes previstas pelo programa Lixão Zero, que incentiva parcerias com o setor privado na gestão dos resíduos sólidos. Segundo o ministro, com a ajuda das empresas será possível acabar com aterros, aproveitar os resíduos e ainda levar qualidade de vida pra quem mora na cidade. “Nada melhor que transformar aquilo que vemos como um problema, que são os resíduos e lixões a céu aberto, em oportunidade de geração de energia. Transformar um aterro num posto de combustível de energia elétrica”, pontuou o ministro.

O desenvolvimento do Atlas de Recuperação Energética de Resíduos Sólidos, é fruto de um acordo assinado pelo Ministério do Meio Ambiente junto com as associações Brasileira de Cimento Portland (ABCP), a Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre), a Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) e a Brasileira de Biogás (Abiogas). As associações fazem parte da Frente Brasil de Recuperação Energética de Resíduos.

Preservação e qualidade de vida

A pesquisa “Saúde Desperdiçada”, encomendada pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), mostra que o custo dos lixões para a saúde pública do Brasil chega a US$ 1 bilhão por ano.

Ao fazer um balanço do programa Lixão Zero, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite reafirmou o compromisso do governo com o fechamento desses locais em todo o país. Em pouco mais de 2 anos, o governo já fechou mais de 649 lixões e investiu R$ 200 milhões para ampliar a coleta seletiva do lixo, beneficiando associações e cooperativas de catadores.

Ações que também estão alinhadas ao Marco Legal do Saneamento Básico e ao Programa Crescimento Verde, lançado há dois meses e que já possui uma carteira de R$400 bilhões em bancos públicos para investimentos em projetos de preservação, recuperação e geração de empregos verdes.

fonte ASCOM MMA