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Índice de Preços ao Produtor varia 1,63% em março

Publicado em: 30/04/2019 15:04 | Atualizado em: 30/04/2019 16:04

Editoria: Estatísticas Econômicas 

Os preços da indústria variaram 1,63% em março de 2019, resultado superior ao de fevereiro de 2019 (0,45%). Das 24 atividades pesquisadas, 19 apresentaram variações positivas de preços, contra 12 do mês anterior. O material de apoio da divulgação do Índice de Preços ao Produtor está disponível nesta página à direita.

Período Taxa
Março de 2019 1,63%
Fevereiro de 2019 0,45%
Março de 2018 1,08%
Acumulado no ano 1,32%
Acumulado 12 meses 8,98%

Na passagem de fevereiro para março de 2019, os preços das indústrias extrativas e de transformação (indústria geral) variaram 1,63%, valor superior ao observado na comparação entre fevereiro/2019 e janeiro/19 (0,45%). As quatro maiores variações ocorreram entre os produtos das seguintes atividades industriais: indústrias extrativas (12,13%), refino de petróleo e produtos de álcool (6,74%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (2,22%) e outros equipamentos de transporte (2,19%). As maiores influências foram refino de petróleo e produtos de álcool (0,66 p.p.), indústrias extrativas (0,51 p.p.) alimentos (0,16 p.p.) e metalurgia (0,05 p.p.).

acumulado no ano (março de 2019 contra dezembro de 2018) foi de 1,32%, contra -0,30% em fevereiro de 2019. As quatro maiores variações de preços ocorreram em refino de petróleo e produtos de álcool (12,48%), indústrias extrativas (11,87%), outros produtos químicos (-4,88%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (3,48%). Neste indicador, os setores de maior influência foram: refino de petróleo e produtos de álcool (1,16 p.p.), indústrias extrativas (0,50 p.p.), outros produtos químicos (-0,42 p.p.) e alimentos (-0,18 p.p.).

Na comparação de março de 2019 com março de 2018, os preços variaram 8,98%, contra 8,38% em fevereiro de 2019. As quatro maiores variações de preços ocorreram em indústrias extrativas (31,09%), refino de petróleo e produtos de álcool (19,25%), outros equipamentos de transporte (15,22%) e fumo (12,51%). Com a atualização da série histórica no mês passado, ainda não é possível, nesta comparação, determinar a influência.

Entre as Grandes Categorias Econômicas, a variação de preços de1,63% em março repercutiu da seguinte maneira: 0,91% em bens de capital; 1,59% em bens intermediários; e 1,83% em bens de consumo, sendo que -0,03% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 2,24% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis. E a influência das Grandes Categorias Econômicas foi a seguinte: bens de capital (0,07 p.p.), bens intermediários (0,87 p.p.) e bens de consumo (0,70 p.p.), sendo bens de consumo semiduráveis e não duráveis (0,70 p.p.) e bens de consumo duráveis (0,00 p.p.).

Destacaram-se os seguintes setores:

Indústrias extrativas: em março, os preços das indústrias extrativas subiram 12,13%, com alta nos preços de “minérios de ferro e seus concentrados, em bruto ou beneficiados, exceto pelotizados ou sinterizados” e de “óleos brutos de petróleo”. O acumulado do ano ficou em 11,87%. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve alta de 31,09%. As indústrias extrativas contribuíram com 0,51 p.p. sobre o IPP da indústria geral em relação a fevereiro (1,63%), e com 0,50 p.p. sobre o IPP acumulado no ano (1,32%).

Alimentos: os preços do setor, na comparação mês contra mês anterior, variaram em média 0,71%, o primeiro resultado positivo no ano. Com isso, o acumulado no ano ficou em -0,80%. Na comparação com o mesmo mês de 2018, os preços dos alimentos em março de 2019 estiveram 6,42% maiores, o menor resultado desde novembro de 2018 (5,90%). cursos especiais+

O setor de alimentos exerceu a terceira principal influência no IPP em relação a março, positiva (0,16 p.p. em 1,63%) e a quarta no acumulado do ano, negativa (-0,18 p.p. em 1,32%). Somente em dezembro de 2019, quando a série nova terá 13 informações, será possível calcular a influência na comparação com o mesmo mês do ano anterior (M/M-12). Em termos de variação e de influência, quatro produtos se destacam: “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas”, “carnes e miudezas de aves congeladas”, “margarina” e “açúcar cristal”, com influência de 0,71 p.p., dos 0,71% do setor. A influência dos demais itens foi nula.

No caso tanto de “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas” quanto de “carnes e miudezas de aves congeladas” os aumentos estão em linha com a depreciação do Real (de 3,3%, a primeira observada no ano), por conta do aumento da demanda no mercado internacional e no mercado interno (particularmente para o caso do frango). O mercado interno foi também a justificativa para o aumento dos preços na “margarina”. Já para o “açúcar cristal”, algumas empresas ainda apresentaram quedas de preço, apesar do quadro geral de alta, explicado por oportunidades esporádicas de mercado.

Refino de petróleo e produtos de álcool: em março, os preços do setor, frente a fevereiro, variaram 6,74%, terceiro aumento consecutivo e o maior desde setembro de 2018 (7,43%). Com isso, o acumulado no ano foi de 12,48%. Na comparação com o mesmo mês de 2018, a variação foi de 19,25%, a maior desde outubro de 2018 (35,48%). O setor se destacou em todos os indicadores. No índice mensal, foi o segundo maior em termos de variação e o primeiro em termos de influência (0,66 p.p., em 1,63%). No acumulado do ano, foi o setor que apresentou maior variação e influência (1,16 p.p., em 1,32%). Já na comparação com março de 2018, a atividade representou a segunda maior variação, e sua influência ainda não pode ser determinada pela nova série.

“Biodiesel” estava entre os produtos com as maiores variações para o setor em março, e a única negativa. Em termos de influência, se destacaram, “gasolina, exceto para aviação”, “óleo diesel”, “álcool etílico (anidro ou hidratado)” e “querosenes de aviação”. Os quatro produtos tiveram influência de 6,63 p.p. em 6,74% (o restante da influência, 0,11 p.p, se deve à variação observada nos outros seis produtos).

Outros produtos químicos: a indústria química, em março, apresentou alta nos preços de 0,18% em relação a fevereiro, após quatro meses de queda, o que resultou um acumulado no ano de -4,88% (maior variação negativa neste indicador entre todas as 24 atividades analisadas) e um acumulado nos últimos 12 meses de 7,04%.

As quatro maiores variações de preços da atividade foram em “fungicidas para uso na agricultura”, “buta – 1,3 – dieno (1,3-butadieno) não-saturado”, “estireno” e “hidróxido de sódio (soda cáustica)”. Já os quatro produtos de maior influência no mês tiveram resultados negativos (-0,05 p.p., ou seja, os demais 35 produtos contribuíram positivamente com 0,23 p.p.).Além do já citado “fungicidas para uso na agricultura”, aparecem “adubos ou fertilizantes à base de NPK” com influência negativa.“Herbicidas para uso na agricultura” e “tintas e vernizes, em meio aquoso, para construção”, tiveram, por sua vez, variações positivas de preços.

Metalurgia: na comparação de março de 2019 contra fevereiro de 2019, os preços variaram 0,83%, interrompendo uma série de cinco variações negativas. Os preços na metalurgia são uma combinação dos resultados de grupos siderúrgicos (ligados aos produtos de aço) e do grupo dos materiais não ferrosos (cobre, alumínio e ouro), que apresentam comportamentos de preços diferentes. O setor siderúrgico é afetado pela necessidade de escoamento do aço chinês, após restrições à sua comercialização em outros países, além da flutuação nos valores do minério de ferro. Em relação aos materiais não ferrosos, os preços costumam variar por influência das cotações das bolsas internacionais, mais especificamente a “London Metal Exchange”.

A alta de preços na atividade em março de 2019 se deve, principalmente, ao grupo dos materiais não ferrosos, ou seja, que não fazem parte dos produtos derivados do aço. Os três produtos de destaque com influência positiva foram: “óxido de alumínio (alumina calcinada)”, “barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre” e “ouro para usos não monetários”. No setor siderúrgico, “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono” teve influência negativa. Os quatro produtos, em conjunto, apresentaram influência de 0,64 p.p., restando 0,19 p.p para os 20 outros produtos.

No acumulado no ano, a atividade teve a segunda maior redução de preços no IPP, -1,61%, e mesmo assim acumulou nos últimos 12 meses variação de 7,29% (29ª variação positiva consecutiva neste tipo de indicador).
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