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Inelegibilidade poderá impedir nomeação de chefes no serviço público 

Publicado em: 10/07/2019 16:07 | Atualizado em: 11/07/2019 15:07

Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) realiza reunião com 33 itens. Entre eles, a PEC 1/2019, que trata do voto aberto na eleição das mesas do Congresso. Presidente da CCJ, senadora Simone Tebet (MDB-MS) à mesa. Em pronunciamento, senador Eduardo Braga (MDB-AM). Bancada: senador Antonio Anastasia (PSDB-MG); senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ); senador Eduardo Braga (MDB-AM); senador Marcio Bittar (MDB-AC); senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG); senador Rogério Carvalho Santos (PT-SE); senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB); senador Wellington Fagundes (PL-MT). Foto: Pedro França/Agência Senado

O preenchimento de funções de confiança e cargos em comissão no serviço público deverá se submeter a regras mais rígidas. Uma das medidas impede que sejam ocupados, por exemplo, por pessoas enquadradas na hipótese legal de inelegibilidade. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou tal mudança no texto constitucional nesta quarta-feira (10).

Além vetar a ocupação desses postos por servidores inelegíveis, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 46/2019 passa a exigir a comprovação documental de idoneidade moral e reputação ilibada para o exercício do cargo em comissão. A proposta é de iniciativa do senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ) e recebeu voto favorável do relator, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG).

“O país não pode mais conviver com o triste espetáculo da transformação de parcelas expressivas das estruturas públicas federais, estaduais, distritais e municipais em repositório de familiares, de militantes político-partidários ou de prepostos de interesses escusos de todos os matizes”, argumenta Arolde na justificativa da proposta.

A indignação expressada pelo autor da PEC 46/2019 foi endossada por Anastasia.

“A PEC é instrumento de moralização na administração pública. Como se sabe, há casos em que a ocupação dessas funções e cargos, infelizmente, não foi pautada por critérios republicanos. A previsão nela contida concretiza, em última análise, os princípios da impessoalidade e da eficiência previstos no caput do artigo 37 da Constituição”, conclui o relator.

Segundo ressaltou Anastasia, a Constituição restringe o exercício de funções de confiança a servidores efetivos e determina o preenchimento dos cargos em comissão por servidores de carreira, em condições e percentuais mínimos definidos por lei. A essas regras atuais é que será acrescida a hipótese de inelegibilidade como impeditivo à ocupação desses postos de direção, chefia e assessoramento.

A proposta seguirá para dois turnos de discussão e votação no Plenário do Senado.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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