Em parceria com o Instituto Vertere, inciativa tem como objetivo levar a IA para o “universo” olímpico.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações lançou hoje (23) a 1ª Olimpíada Brasileira de Inteligência Artificial. O anúncio foi feito na palestra da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, ministrada pelo diretor do Instituto Vertere, Gustavo Wigman, e inserida na programação do Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações. A entidade é a parceira do Ministério na realização da competição, que terá início em março de 2021.
Com o objetivo de promover a IA também no “universo” olímpico, a 1ª Olimpíada Brasileira de Inteligência Artificial recebeu o nome de “Celeritas”, que conforme explicou Gustavo, é uma alusão a “romper barreiras – uma homenagem à velocidade da luz, do vácuo – do quantitativo de que a olimpíada também fomenta a questão da inovação, da praticidade, da rapidez e força; os participantes serão levados a pensar em como atuar nesse mundo cada vez mais rápido”, disse.
O diretor destacou o propósito da iniciativa em ligar a olimpíada científica ao fomento da pesquisa e o debate da inteligência artificial no país; e em como imaginar essa conexão acontecendo, tanto no meio escolar como no meio universitário. Com questões ligadas à Inteligência Artificial e Internet das Coisas, a competição foi dividida em quatro verticais: Cidades 4.0; Indústria 4.0; Agro 4.0; Saúde 4.0.
“A ideia dessa discussão sobre a Olimpíada Brasileira de Inteligência Artificial começou junto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações já há algum tempo e isso coincide com o tema da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Tem uma conexão muito forte tanto com alunos de escola de educação básica quanto do meio universitário”, destacou Wigman ao dizer também que, independente da carreira, independente da área, a Inteligência Artificial está presente na discussão do dia a dia, e o setor de IA promoverá um impacto expressivo na economia nacional.
A 1ª Olimpíada Brasileira de Inteligência Artificial foi imaginada para acontecer ao longo do ano tendo a “sua final” sempre no mês de outubro, quando acontece a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. É composta de uma fase inicial, individual e uma segunda fase, com uma competição em grupos. Essa fase individual terá quatro fases na sua concepção, sendo a primeira delas através de uma prova objetiva digital onde o participante possa ter uma “visão holística” do que é e sobre o que é Inteligência Artificial, os seus impactos e potenciais, na economia e nas profissões.
Na segunda e na terceira fase as provas contam com mais “densidade”, onde a finalidade é trabalhar temas relacionados à Inteligência Artificial. Na última fase os participantes apresentarão um pré-projeto sobre uma ideia (e aqui o aluno é livre para identificar um problema real, “que ele enxerga no mundo” e propor, por meio desse formato de pré-projeto, uma solução que seja criativa, inovadora, que tenha uma chance de sair do papel bastante razoável). “O que a gente sempre coloca para os alunos é que às vezes é melhor você resolver o ‘problema do lixo do bairro’, do que tentar resolver o ‘problema da fome na África’. Porque é com pequenos passos que a gente introduz esses alunos nas discussões de problemas reais e na resolução deles”, apontou Gustavo Wigman.
“A ideia é focar na criatividade, na inovação dos alunos e sempre usando a Inteligência Artificial como base. Então, eles vão ter a chance, nessa última fase, de usar a IA para resolver um ‘problema do mundo’. E esses trabalhos são avaliados de acordo com o impacto socioeconômico ambiental esperado, com a criatividade que o aluno resolveu aquele problema, a clareza da comunicação (como é um trabalho muito profundo, então, é trabalhar a comunicação em diversas formas) e a capacidade do aluno em implementar aquele projeto proposto”, explicou o diretor do Instituto Vertere.
A 1ª Olimpíada Brasileira de Inteligência Artificial contará também com a categoria aberta – voltada para qualquer pessoa – além dos alunos, desde a educação básica até aos universitários.
Assista a íntegra da palestra do “Lançamento da 1ª Olimpíada Brasileira de Inteligência Artificial”
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