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Ministério da Defesa apresenta balanço de um mês da Operação Verde Brasil

Publicado em: 23/09/2019 21:09 | Atualizado em: 23/09/2019 21:09

Em um mês de Operação Verde Brasil, o efetivo é de 8.170 pessoas envolvidas, entre militares e integrantes de agências municipais, estaduais e federais. Estão sendo empregadas 143 viaturas, 12 aeronaves e 87 embarcações. No total, 27 veículos foram apreendidos e 63 pessoas detidas. Ao todo, 112 termos de infração foram lavrados, o que resultou na aplicação de R$ 36.367.510,25 em multas.

A estrutura da Operação cresceu com a criação, no dia de hoje, do Comando Conjunto do Oeste, que vai atuar em Mato Grosso. Antes disso, a Operação já contava com o Comando Conjunto da Amazônia e o Comando Conjunto do Norte. O primeiro, localizado em Manaus, engloba os estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima e Amapá. Já o segundo, localizado em Belém, compreende os estados do Pará, Amapá, Maranhão e parte do Tocantins.

Ministro da Defesa, Fernando Azevedo, confirma que há tendência de diminuição dos focos de calor
Ministro da Defesa, Fernando Azevedo, confirma que há tendência de diminuição dos focos de calor

O Ministro da Defesa, Fernando Azevedo, confirmou que há uma tendência de diminuição dos focos de calor, que podem vir a se tornar em focos de incêndio. Os dados, que são medidos por satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do Censipam, foram apresentados em formas de gráfico para a imprensa.

Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, Brigadeiro Raul Botelho, destaca números da atuação dos militares
Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, Brigadeiro Raul Botelho, destaca números da atuação dos militares

“Realmente, o mês de agosto desse ano foi de mais queimadas que do ano passado. Então, o governo tomou medidas efetivas, como a decretação da Garantia da Lei e da Ordem Ambiental. Mas, em setembro, nós estamos abaixo da média histórica, que é medida desde 1998. A Amazônia é prioridade para as Forças Armadas. Em menos de 15 anos, nós dobramos o efetivo de militares lá de 20 mil para 44 mil. Isso facilitou a nossa capilaridade. Nós estamos nessa região independente das queimadas”, disse o ministro.

O chefe do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do IBAMA, Gabriel Zacarias, explicou o motivo de a Operação Verde ter surtido o efeito desejado. “O mês de setembro concentra um terço dos focos de incêndio do país Mas a perspectiva é que esse mês seja com menos incêndios do que no ano passado. O que demonstra o bom resultado da Garantia da Lei e da Ordem Ambiental”, afirmou o chefe do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Ibama, Gabriel Zacarias.

Prorrogação da GLOA
Em 20 de setembro, foi editado o Decreto 10.022, que autoriza o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem Ambiental (GLOA) e para ações subsidiárias, no período de 24 de agosto a 24 de outubro de 2019, nas áreas de fronteira, nas terras indígenas, nas unidades federais de conservação ambiental e em outras áreas dos Estados da Amazônia Legal.

A partir dessa prorrogação, tropas militares federais do Comando Militar do Norte, do 4º Distrito Naval e da Ala 9 vão atuar também em todo o estado do Tocantins, sendo somado aos estados do Pará, Amapá e Maranhão.

Para isso, os militares do 22º Batalhão de Infantaria, localizado em Palmas, terão seu emprego na Operação Verde Brasil subordinados à Força Terrestre Componente do Comando Conjunto Norte. Fora do contexto do decreto de Garantia da Lei e da Ordem, a subordinação desta Organização Militar é do Comando Militar do Planalto.

O 50° Batalhão de Infantaria de Selva, de Imperatriz (MA), mantém seus trabalhos na região do Bico do Papagaio, ao norte do Tocantins, área que já é de responsabilidade do Comando Conjunto Norte.

Primeiro decreto
Em 23 de agosto de 2019, o Presidente da República assinou o Decreto Nº 9.985, autorizando o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem e para ações subsidiárias, no período de 24 de agosto a 24 de setembro de 2019, nas áreas de fronteira, nas terras indígenas, nas unidades federais de conservação ambiental e em outras áreas dos Estados da Amazônia Legal que requererem ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais; e levantamento e combate a focos de incêndio.

Diante disso, o Ministro da Defesa, Fernando Azevedo, instalou o Centro de Operações Conjuntas no Ministério da Defesa para execução das ações. As operações de Garantia da Lei e da Ordem Ambiental na Amazônia Legal são coordenadas pelo Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Tenente Brigadeiro do Ar, Raul Botelho.

Nesse Centro reúnem-se, diariamente, além dos representantes do Ministério da Defesa e das Forças Armadas, integrantes da Presidência da República, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério da Cidadania, e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. E ainda, servidores pertencentes ao IBAMA, ao ICMBIO, à FUNAI, à ABIN, ao SIPAM, à Polícia Federal, à Polícia Rodoviária Federal, à Força Nacional, e à Secretaria de Comunicação da Presidência da República.

Sistema de Proteção da Amazônia
Há 17 anos foi criado o Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM) com o propósito de promover a proteção da Amazônia Legal. O SIPAM utiliza complexa e sofisticada infraestrutura tecnológica, composta por subsistemas integrados de sensoriamento remoto, radares, estações meteorológicas e plataformas de dados.

Desde a sua criação, o governo vem investindo na atualização permanente do sistema, de tal forma que a infraestrutura existente permite que o SIPAM seja capaz de promover o completo monitoramento da região, integrar informações e produzir conhecimento em tempo muito próximo ao real.

O conhecimento gerado permite promover a proteção da Amazônia Legal, por meio da sinergia das ações de governo, da articulação, do planejamento e da integração entre os diversos órgãos federais, estaduais e municipais com atuação na Amazônia Legal.

O Brasil continua investindo intensamente em manter o sistema sempre atualizado. Um dos projetos mais recentes e de destaque trata do monitoramento do desmatamento na Amazônia por meio de imagens de satélites, que utilizam radares que enxergam através das nuvens que cobrem o território amazônico durante oito meses do ano. Além do desmatamento, o sistema permite localizar mineração e garimpo ilegal na Amazônia e monitorar barragens e derramamento de óleo no mar em outras regiões do País.

Por Capitão-Tenente Fabrício Costa

Fotos: Alexandre Manfrim
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa

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