A prévia da inflação (IPCA-15), divulgada hoje pelo IBGE, teve variação de -0,16% em dezembro, contra 0,19% em novembro. Esse foi o menor resultado mensal desde julho de 2017 e a menor taxa para o mês de dezembro desde o início do Plano Real, em 1994. A taxa acumulada no ano ficou em 3,86%, abaixo do centro da meta anual estabelecida pelo Banco Central (4,50%) e dos 4,39% registrados em 2017.
Notas:
1 – Com a atualização das Estruturas de Ponderação, obtidas a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF – 2008-2009, foram introduzidos aperfeiçoamentos na classificação dos produtos e serviços que compõem as estruturas dos índices de preços. Com isso, foram criadas novas tabelas, a partir de janeiro de 2012 para o IPCA e INPC e fevereiro de 2012 para o IPCA-15, contendo os dados com as estruturas atualizadas. Os dados de períodos anteriores são disponibilizados em outras tabelas.
2 – A variação acumulada em 12 meses está disponível a partir de março de 2017.
Fonte: IBGE – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15
O grupo dos Transportes apresentou a maior queda (-0,93%), principalmente por conta da redução de -5,47% nos preços da gasolina. Entre as áreas pesquisadas, Salvador apresentou a maior queda nesse item, -8,90%. Além da gasolina, o etanol teve queda de -3,00% e o óleo diesel, de -1,93%. Já no grupo de Habitação, a queda de -0,52% se deveu, principalmente, à passagem da bandeira tarifária amarela para a verde na conta de energia elétrica.
O grupo de Alimentação e bebidas, que tem o maior peso no índice, manteve-se em alta, mas desacelerou de 0,53% em novembro para 0,35% em dezembro. Isso aconteceu, principalmente, porque a alimentação no domicílio, que tinha registrado 0,85% de aumento em novembro, passou para 0,22% em dezembro.
Apenas Belém tem alta em dezembro
Entre as regiões pesquisadas, só a região metropolitana de Belém teve aumento de 0,27%, puxado pelos preços das passagens aéreas (31,12%), tomate (27,06%) e açaí (12,86%). Já a maior queda (-0,30%) foi registrada em Brasília, devido à redução dos preços da gasolina (-8,75%) e dos itens de higiene pessoal (-5,08%).
Repórter: Eduardo Peret
Imagem: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias
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