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Resultados de ações de fomento serão apresentadas na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

Publicado em: 10/10/2018 08:10 | Atualizado em: 10/10/2018 08:10

Resultados de ações de fomento serão apresentadas na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

Participantes do evento, que será realizado em Brasília, de 15 a 21 de outubro, conhecerão empreendimentos econômicos solidários desenvolvidos em todo o país

  • 09 de Outubro de 2018, 17h36
Foto: Divulgação
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O Ministério do Trabalho estará presente na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que será realizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) em Brasília, de 15 a 21 de outubro. Durante o evento serão apresentados os resultados das ações de fomento à economia solidária como forma de diminuição da desigualdade social e econômica, desenvolvidas em todo o país.

As experiências apresentadas ao público, estimado em 90 mil pessoas, têm como foco a coleta de materiais recicláveis e o projeto Cataforte, desenvolvido desde 2009 e que já atendeu a mais de 10 mil pessoas em 13 estados e no Distrito Federal, distribuídas em 33 redes formadas por 436 cooperativas e associações de catadores e catadoras de materiais recicláveis. O projeto tem impacto direto em mais de 30 mil pessoas – familiares e moradores das localidades onde as ações são realizadas.

Em 17 de outubro, o Ministério do Trabalho fará o lançamento, dentro da Semana de Ciência e Tecnologia, de 33 planos de negócios sustentáveis desenvolvidos com o apoio da Fundação Banco do Brasil, no âmbito do projeto Cataforte. A solenidade contará com a presença de catadores atendidos pelo projeto e será realizado das 14h às 16h, no auditório do Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade.

“O objetivo é estruturar tecnicamente e fortalecer as redes de empreendimentos de catadores e catadoras de materiais recicláveis, possibilitando avanços nos elos da cadeia de valor, com melhorias no processo produtivo, no fortalecimento da autogestão dos empreendimentos e na qualificação da comercialização”, destaca o especialista em políticas públicas e gestão governamental do Ministério do Trabalho, José Ivan Mayer de Aquino.

Um dos grandes gargalos enfrentados pelos catadores de materiais recicláveis está relacionado à comercialização dos produtos. “Sou a terceira geração de catadores da minha família, segui o caminho dos meus avós e dos meus pais. Mas hoje vejo uma mudança de mentalidade muito grande. Eles catavam para a sobrevivência, para conseguir manter a família. Hoje, além disso, temos visão de negócio e buscamos agregar valor”, destaca a presidente da Rede Central das Cooperativas de Trabalho de Materiais Recicláveis do DF e Entorno (Centcoop), Aline Sousa, 29 anos. “O Ministério tem sido um grande parceiro, com o desenvolvimento dos planos de negócios”, acrescenta.

A Centcoop estará presente na Semana de Ciência e Tecnologia para apresentar suas experiências ao público. A Central reúne 24 cooperativas e associações do Distrito Federal e da região do Entorno. Agrega cerca de 2 mil pessoas, com idade entre 20 e 40 anos. Também fará parte do estande do Ministério a Rede Alternativa, formada por 10 cooperativas e associações que englobam cerca de 350 pessoas.

Superação – A piauiense Antônia Cardoso Abreu, 43 anos, é uma das catadoras beneficiadas pelo projeto, juntamente com sua família, e também participará do evento. Com uma história de vida marcada pela superação, ela saiu da situação de rua com três filhos pequenos e conquistou moradia e renda como catadora de resíduos recicláveis no Distrito Federal.

Antônia é presidente da Cooperativa de Catadoras de Materiais Recicláveis (Catamare), que reúne 13 mulheres e dois homens na cidade de Ceilândia (DF), dentro da Rede Alternativa. “As mulheres da cooperativa estavam em situações parecidas com a minha, mães de família sem fonte de renda, com idade entre 40 e 65 anos. Essa foi a nossa grande oportunidade”, salienta.

Essa e outras experiências serão apresentadas pelo Ministério durante o evento. “Nosso intuito é colocar o público, constituído em grande maioria por estudantes da rede pública e privada, em contato com os catadores para conhecerem suas histórias e serem conscientizados sobre o impacto que a separação correta dos resíduos pode ter na vida de inúmeras famílias brasileiras”, explica José Ivan.

Economia Solidária – A Economia Solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Enquanto na economia convencional existe a separação entre os donos do negócio e os empregados, na Economia Solidária os próprios trabalhadores também são donos. São eles quem tomam as decisões de como tocar o negócio, dividir o trabalho e repartir os resultados.

São milhares de iniciativas econômicas, no campo e na cidade, em que os trabalhadores estão organizados coletivamente: associações e grupos de produtores; cooperativas de agricultura familiar; cooperativas de coleta e reciclagem; empresas recuperadas assumidas pelos trabalhadores; redes de produção, comercialização e consumo; bancos comunitários; cooperativas de crédito; clubes de trocas; entre outras.

Entre os princípios da Economia Solidária estão a cooperação, a autogestão, a ação (motivação) econômica e a solidariedade.

Dicas dos catadores

Os catadores de materiais recicláveis dão algumas dicas para a separação dos resíduos com maior aproveitamento:

– Não misture materiais recicláveis com orgânicos – sobras de alimentos, cascas de frutas e legumes. Coloque plásticos, vidros, metais e papéis em sacos separados.

– Lave as embalagens do tipo longa vida, latas, garrafas e frascos de vidro e plástico. Seque-os antes de depositar nos coletores.

– Papéis devem estar secos. Podem ser dobrados, mas não amassados.

– Embrulhe vidros quebrados e outros materiais cortantes em papel grosso (do tipo jornal) ou colocados em uma caixa para evitar acidentes. Garrafas e frascos não devem ser misturados com os vidros planos.

– O que não vai para o lixo reciclável: papel-carbono, etiqueta adesiva, fita crepe, guardanapos, fotografias, filtro de cigarros, papéis sujos, papéis sanitários, copos de papel, cabos de panela, tomadas, clipes, grampos, esponjas de aço, canos, espelhos, cristais, cerâmicas e porcelana. Pilhas e baterias de celular devem ser devolvidas aos fabricantes ou depositadas em coletores específicos.

Ministério do Trabalho
Indiara Oliveira
Assessoria de imprensa
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