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Setor de IoT comemora publicação de Plano Nacional de Internet das Coisas

Publicado em: 09/07/2019 15:07 | Atualizado em: 09/07/2019 17:07

Para representantes da indústria e de centros de pesquisa, plano deve impulsionar projetos em desenvolvimento

por ASCOM
CGCS / MCTIC

Plano Nacional de Internet das Coisas

Com a publicação do Plano Nacional de Internet das Coisas, no último mês de junho, no Diário Oficial da União, o Brasil deu um passo importante para se preparar para esta que já é uma realidade em economias mais avançadas e que, em todo o mundo, apresenta uma expansão bastante acelerada.

A notícia foi recebida com entusiasmo pela indústria e pelos centros de pesquisa públicos e privados, que já vêm desenvolvendo diversos projetos na área e enxergam no Plano a possibilidade de conseguirem mais apoio e, especialmente, angariar mais recursos – públicos ou privados – para potencializar os projetos.

“Agora as iniciativas de IoT já em andamento, com apoio de BNDES, Finep, ABDI, Embrapii, Senai, Sebrae, entre outros, têm no Plano Nacional de IoT oficializado a autoridade e convergência que tanto aguardavam”, comenta o coordenador de IoT da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), Werter Padilha.

Já o presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc), Flavio Maeda, ressalta que muitas ações, iniciativas e políticas públicas, que dependiam da assinatura do documento, poderão ser habilitadas e executadas. Ele destacou que o setor está muito otimista. “Nós enxergamos o Plano como uma validação e apoio do governo, o que traz boas perspectivas, principalmente nas frentes consideradas prioritárias pelo estudo e que são fortemente dependentes e demandadas pelo governo, com destaque para os ambientes rural, de saúde e cidades”, avalia.

O gerente-executivo de Política Industrial da CNI, João Emílio Gonçalves, ressaltou a importância da Câmara de IoT, assim como da Câmara da Indústria 4.0. “Essas iniciativas permitem a interação direta entre os agentes envolvidos nos temas e dão maior agilidade e efetividade ao planejamento e implementação de suas ações”.

O diretor de Políticas Públicas para América Latina da Intel e representante da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), Fernando Loureiro, acredita que o Plano acerta ao priorizar setores estratégicos para a economia brasileira, mirando não somente o mercado interno mas a oportunidade de um protagonismo internacional. “Isso coloca o Brasil na rota de elite das economias que se organizam com objetivo e agenda para a melhor utilização da tecnologia em prol da economia e da sociedade, de forma a otimizar a nossa produtividade e competitividade”, afirma.

O presidente do Fórum Brasileiro de IoT, Gabriel Marão, concorda. “Estamos entre os primeiros países do mundo a ter um plano Nacional de IoT e isso coloca o Brasil na vanguarda da Internet das Coisas no mundo”.

Impacto

O vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), Alberto Paradisi, destaca a natureza disruptiva das tecnologias de IoT. “São soluções com grande potencial para promover o crescimento de pequenas e médias empresas e, ainda, a criação de novas startups no cenário nacional”.

Já o gerente de Desenvolvimento de Negócios para Cidades Inteligentes do CPqD, Maurício Cassoti, explica que o grande salto permitido pela internet das coisas é a interoperabilidade dos sistemas. “Eu acho até que o nome deveria ser Integração das Coisas porque o importante não é ter vários sistemas conectados à internet, mas sim todos conectados entre si. Assim, saímos de uma planilha de Excel para sistemas capazes de conversar entre si e nos dar respostas muito mais rápidas e precisas. Isso nos leva a outro patamar e nos traz infinitas possibilidades”, ilustra.

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