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Cooperação Brasil-Suécia tem histórico de sucesso e prevê nova chamada em 2021

Publicado em: 04/01/2021 20:01 | Atualizado em: 04/01/2021 20:01
Parceria entre Brasil e Suécia na ciência e tecnologia tem bons resultados como transbordamento tecnológico na área da aeronáutica e, para 2021, prevê lançamento de Chamada Conjunta Brasil-Suécia de Pesquisadores Convidados em fevereiro de 2021 e foco na área de Ciências da Vida.

Parceria firmada entre o Brasil e a Suécia por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),  prevê lançamento de Chamada Conjunta Brasil-Suécia de Pesquisadores Convidados em fevereiro de 2021 e foco na área de Ciências da Vida. A Chamada para pesquisadores das áreas de Medicina e Saúde e Ciências Naturais, aprovada este mês pela Diretoria Executiva do CNPq, prevê a concessão, pelo Conselho, de até cinco bolsas na modalidade de Pós-Doutorado no Exterior (PDE), com vigência de até 12 meses e implementação a partir de junho de 2021. O investimento total está previsto em R$ 1 milhão. Os recursos serão oriundos da ação orçamentária Cooperação Internacional em Ciência, Tecnologia e Inovação.

Pelos termos acordados para a Chamada Conjunta Brasil-Suécia de Pesquisadores Convidados, a Suécia também financiará até cinco bolsas na modalidade de Pós-Doutorado no Exterior. A primeira Chamada terá submissão de propostas realizada exclusivamente pelo sistema sueco.

Nos últimos anos, a cooperação em Ciência e Tecnologia desenvolvida entre Brasil e Suécia tem sido bastante consistente, em especial na área de Aeronáutica. Em 2017, ocorreu o lançamento de chamadas para bolsas de Pós-Doutorado no Exterior (PDE) e de Doutorado-Sanduíche (SWE), no âmbito de parceria firmada pelo CNPq com o Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro (CISB). Na área de Aeronáutica está previsto também o seminário de transbordamento tecnológico do avião de caça GRIPEN.

A apresentação oficial do avião aconteceu em Brasília, em outubro passado. O avião é fabricado pela empresa sueca Saab, criadora de sistemas de defesa e de segurança espacial. A aquisição do GRIPEN foi realizada pelo Brasil como parte do projeto de modernização da defesa aérea brasileira. Os 36 caças da geração 4.5, incluindo suporte logístico, simuladores e armamentos, foram comprados por 39,3 bilhões de coroas suecas (cerca de US$ 4,05 bilhões), e o último deve ser entregue até 2026. Como ocorre em aquisições desse tipo, foram celebrados 42 projetos de offset, por meio dos quais as empresas estrangeiras que receberem recursos brasileiros se comprometem a investir no Brasil.

Foto: Força Área Brasileira – FAB

Os acordos de offset envolvem a transferência de tecnologia para o Brasil, com, por exemplo, a construção e a operação da fábrica de aeroestruturas da Saab, localizada em São Bernardo do Campo, São Paulo. A fábrica iniciou as operações em junho de 2020 e produz aeroestruturas do Gripen E e F, como caixão das asas, fuselagens traseira  e dianteira, além dos freios aerodinâmicos. Segundo o Plano de Trabalho do Grupo de Alto Nível em Aeronáutica (GAN), formado em 2015 como resultado da Reunião comissão Mista sobre Cooperação Econômica, Industrial e Tecnológica Brasil-Suécia (COMISTA 2015), em 2020 haveria também uma reunião, organizada pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) em parceria com o INNOVAIR (Programa Sueco de Inovação em Aeronáutica), para a interação entre a academia e empresas do setor aeronáutico no ambiente dos transbordamentos tecnológicos do Projeto GRIPEN. O encontro ainda não ocorreu devido à pandemia de COVID-19. Desde a sua criação, o GAN tem se reunido de forma anual para discutir temas de interesse bilateral na área Aeronáutica.