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Investimentos em melhoramento genético contribuem para desenvolver a Rota do Leite em Goiás

Publicado em: 04/12/2019 17:12 | Atualizado em: 05/12/2019 09:12

Polo na região de São Luís de Montes Belos (GO) recebeu recursos da ordem de R$ 3,2 milhões. Projeção é que 800 famílias de 24 municípios serão beneficiadas

04 12 Rota do Leite

Cerca de 800 produtores do setor lácteo na região de São Luís de Montes Belos, em Goiás, ganharam um reforço para auxiliar a melhoria da produção leiteira em 24 municípios que integram o Polo da Rota do Leite no estado. Na última semana, foi lançado o ‘Programa de Melhoramento Genético de Bovinos de Leite’, iniciativa apoiada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) para prover melhores espécimes e fortalecer a produção local.

Ao todo, foram investidos R$ 3,2 milhões para a estruturação do centro de pesquisas, com recursos oriundos do MDR, da Universidade Estadual de Goiás (UEG), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) e de emendas parlamentares. O montante vai beneficiar o Centro de Biotecnologia em Reprodução Animal (Biotec), da UEG de São Luís de Montes Belos, que atuará na análise e produção de embriões para o Polo da Rota do Leite.

No laboratório, serão gerados os embriões de alto desempenho para produção de leite. A expectativa é que sejam distribuídos sete mil gérmens aos produtores rurais, sendo que cada animal pode render cerca de 40 litros de leite ao dia. Segundo o coordenador-geral substituto de Sistemas Produtivos e Inovativos do MDR, José Joaquim Carneiro Filho, a produção na área de abrangência do Polo pode ser acrescida em até 280 mil litros diariamente.

“Nosso objetivo maior é fortalecer a produção, a produtividade, a qualidade e a sanidade do leite produzido na bacia leiteira de Goiás, baseado em melhoria genética e estruturação da atividade. A Rota do Leite no estado tem sido um sucesso e vamos poder melhorar as condições de produção dos associados e incentivar o desenvolvimento da região. Com o aumento da produção leiteira, o volume de recursos pago aos produtores locais pode chegar a R$ 360 mil por dia. Fora isso, outros setores vinculados à cadeia produtiva, como marketing, logística, embalagem. Isso é promover desenvolvimento”, destacou.

Para o próximo ano, há a previsão de mais 4,4 milhões para a estruturação de mais dois laboratórios que farão análises da qualidade do leite produzido na região atendida pelo Polo APL Lácteo da Região de São Luís de Montes Belos. A iniciativa é coordenada pela Fapeg. O local fará estudos sobre leite fluido e sobre produtos e derivados do leite. A medida representará, também, mais recursos para o estado, uma vez que o leite produzido em Goiás é analisado por laboratórios em São Paulo. Estimativas apontam que o gasto para o envio do material é de R$ 500 mil mensais.

Atualmente, a Rota do Leite conta com cinco polos estruturados pelo País. Além da unidade em Goiás, há ainda atuação em Mato Grosso do Sul, Ceará e Rio Grande do Sul.

Rotas

O Programa Rotas de Integração Nacional atua com redes interligadas de arranjos produtivos locais (APLs) que promovem inovação, diferenciação, competitividade e lucratividade de empreendimentos associados. Isso ocorre a partir da coordenação de ações coletivas e iniciativas de agência de fomento. As Rotas atuam de acordo com diretrizes da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) e são parte das estratégias do MDR para a inclusão produtiva e o desenvolvimento de regiões.

Atualmente, há dez tipos de Rotas: do Açaí; da Biodiversidade; do Cacau; do Cordeiro; da Economia Circular; da Fruticultura; do Leite; do Mel; do Peixe; e da Tecnologia da Informação e Comunicação. Os 35 polos fundados atuam efetivamente em mais de 600 municípios das cinco regiões do País.

Somente no ano de 2019, foram descentralizados mais de R$ 13,5 milhões para a execução de 19 projetos selecionados conforme critérios técnicos em parceria com empresas públicas como a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), universidades, institutos federais, secretarias de Estado, consórcios municipais, entre outros executores.

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