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Inflação acelera e fica em 0,43% em fevereiro

Publicado em: 12/03/2019 11:03 | Atualizado em: 12/03/2019 11:03
#PraCegoVer pessoas no supermercado
Os alimentos exerceram a maior pressão no índice nacional, mas desaceleraram na comparação com janeiro – Foto: Eduardo Peret/Agência IBGE Notícias

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,43% em fevereiro, acima dos 0,32% de janeiro. A aceleração foi puxada pelos grupos de alimentos e de educação, que ficaram acima da inflação, com altas nos preços de 0,78% e 3,53%, respectivamente. No acumulado em 12 meses, a variação foi de 3,89%.

Na educação, que teve o maior crescimento entre os nove grupos pesquisados, a alta reflete os reajustes do início do ano letivo. Destaque para as mensalidades dos cursos regulares, que subiram 4,58%, e tiveram o maior impacto individual sobre o IPCA de fevereiro.

IPCA – Variação mensal (%)

Índice geral | Brasilmarço 2018abril 2018maio 2018junho 2018julho 2018agosto 2018setembro 2018outubro 2018novembro 2018dezembro 2018janeiro 2019fevereiro 2019-0,500,511,5

Fonte: IBGE – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo

Entre os grupos, os alimentos exerceram a maior pressão no índice nacional, mas desaceleraram na comparação com janeiro, quando registraram 0,90%. A alimentação no domicílio subiu 1,24%, impulsionada pelas altas nos preços do feijão-carioca (51,58%), da batata-inglesa (25,21%), das hortaliças (12,13%) e do leite longa vida (2,41%). Já a alimentação fora de casa caiu 0,04%, influenciada, principalmente, pelo item refeição (-0,22%).

De acordo com o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves, as hortaliças costumam subir de preço nesse período. “A demanda costuma aumentar nas estações mais quentes, então as variações são mais acentuadas”. cursos especiais+

Já os preços do grupo habitação subiram 0,38% em fevereiro, pressionados pela alta de 1,14% na energia elétrica, que impactou o IPCA em 0,04 ponto percentual (p.p.). Gonçalves explica que os preços subiram em razão do aumento das alíquotas do PIS/COFINS na maioria das regiões pesquisadas. Ainda nesse grupo, o preço do gás de botijão caiu 0,72%, mesmo com o reajuste de 1,04% nas refinarias.

Passagens aéreas seguram alta nos preços

O grupo transportes caiu 0,34% e, de acordo com o gerente do IPCA, a queda de 16,65% nos preços das passagens aéreas foi o que segurou a inflação de fevereiro, com o maior impacto individual negativo, de -0,08 p.p. “As passagens têm um peso grande no orçamento das famílias. É um momento de fim de férias, começo das aulas, então os preços começaram a descer, também por conta do aumento no final do ano passado”, disse Gonçalves.

Além das passagens, outro item do grupo transportes com queda nos preços foi a gasolina, que ficou em -1,26%, o que ajudou a controlar a inflação. O etanol também apresentou queda, de 0,81%, enquanto óleo diesel e gás veicular subiram 0,36% e 7,75%, respectivamente.

O maior impacto positivo nos transportes foi do ônibus urbano, com alta de 1,50% e 0,04 p.p. de contribuição, por conta de reajustes nas tarifas em cinco das 16 regiões pesquisadas.

Repórter: Pedro Renaux

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